terça-feira, 29 de janeiro de 2008

TEIAS


Louis Philippe d' Orléans (1747/1793)

"Vã previdência dos homens! A origem foi o receio que os reis tiveram de que os filhos mais novos, legítimos ou bastardos, recomeçassem as guerras civis pela realeza. Julgaram torná-los menos ambiciosos, acumulando nas suas mãos a propriedade, embriagando a sua avareza."

"História da Revolução Francesa" (Jules Michelet)


Ao estabelecerem esta compensação aos cadetes pelo não exercício da realeza, os reis deram-nos uma espécie de equivalente geral do poder.

Neste caso, trata-se de Philippe, dito Égalité, príncipe da casa de Orleães, inscrito no partido mais radical, a Montanha, e possuidor da maior fortuna da Europa.

O contraste entre o nome Igualdade, com que se cobria para atrair a simpatia popular, e os seus privilégios não podia ser mais violento.

A riqueza, salvou-a tanta prudência, mas a sua cabeça não.

Dir-se-ia que o poder representado pela sua fortuna se tinha servido deste homem leviano e da sua falta de princípios, para se manter incólume através da borrasca da Revolução.

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