terça-feira, 11 de abril de 2017

A SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS


René Descartes (1596/1650)



"Mas é seguro que a tematização convenha ao Infinito, a visão seja a suprema excelência do espírito e que, através do egoísmo e da egologia do ser, ele aceda ao modo original do pensamento?"
"Entre nous" (Emmanuel Lévinas)

Na ideia do Infinito, "o pensamento pensa mais do que pode conter" (Descartes). Como podemos pensá-lo então?

Sabemos que a série dos números não tem fim, não porque tenhamos tentado chegar a um limite, mas porque a razão assim o determina. Quer dizer, a experiência nunca poderá desmentir essa ideia, porque é através da razão que julgamos a experiência.

É claro que quando se diz que "Deus criou o homem à sua imagem e semelhança", o Infinito de Deus ganha uma espécie de visibilidade. A visão, no Ocidente, está no centro do espírito.

À última pergunta, Descartes respondeu como Alexandre cortando o nó górdio, isto é, pela decisão.

Não podemos conceder ao inconsciente freudiano, ou aos estados intermédios entre o sono e a vigília, a dignidade do pensamento. Res extensa tudo, porque sim.

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